O que a NFL pode ensinar ao Brasil em termos de marketing.

super-bowl-2014O esporte mais popular dos Estados Unidos deixa o nosso futebol muito para baixo em números e isso que o Brasil é considerado o país do futebol. Pergunto, será que o torcedor brasileiro é menos fanático que o torcedor americano? Ou será o trabalho de marketing e branding realizado pela NFL  é muito superior ao realizado pelas entidades que regem o futebol brasileiro? Vamos ver…

Domingo passado, dia 02/02, aconteceu o Super Bowl da NFL, a principal liga de futebol americano dos Estados Unidos, que decide o campeão da temporada, neste caso foi o XLVIII. Para constar o jogo foi vencido pelo Seattle Seahawks, porém o placar é o que menos importa no momento, pois temos aqui alguns outros números do evento esportivo mais lucrativo do mundo.

– A NFL tem como média 67,6 mil fãs por partida.

– Faturamento de 9 bilhões de dólares em 2013.

– Custo de US$ 133 mil por segundo para anunciantes na final.

– Público estimado para o Super Bowl: 108 milhões de pessoas em todo o mundo.

Esses números impressionantes não vieram sem esforço de marketing e branding, algumas atitudes foram decisivas para se chegar nisso, tais como:

– Associar-se com grandes parceiros e cobrar bem por isso, mas exigir qualidade. Em toda a temporada somente podem aparecer em entrevistas, transmissões e eventos as marcas que a NFL aprova e “recomenda”, tudo é muito rigoroso, t odos as equipes usam as marcas que a NFL contrata. Alguns poucos itens que são “livres”.

– Cuidar de sua marca, retirando do mercado produtos piratas e associando-se apenas a produtos e fabricantes de qualidade.

– Inovação em tecnologia e entretenimento, transformando o jogo em uma evento. Telões, shows e entretenimento estão presentes.

– Transformar o jogo num espetáculo e dedicar-se para que as pessoas o vejam como tal através de lances emocionantes, replay em câmera lenta, muitas câmeras espalhadas, imagem e som a favor do público.

– Tornar o público fã do esporte e não apenas de um time específico. Os torcedores tendem a se apaixonar pelo jogo e não apenas pelo seu time.

– Criar histórias para o público. Usar artifícios para engajar o público.

– Os jogadores, treinadores e ex-jogadoras são os maiores embaixadores da marca. Eles contribuem para a expansão da marca com escolas, programas de rádio e tv, entidades sem fins lucrativos, etc.

– O esporte representa o país e as qualidades desejadas para tal. O público sente empatia pela marca NFL e pelo esporte.

– Pacotes para temporada bem mais baratos do que ingressos avulsos. Um ingresso avulso custa realmente muito caro.

– Logística para o torcedor, de ônibus decente a segurança nos estádios para toda família.  

– Experiência com o consumidor, desde eventos paralelos até jogadores dando autógrafos em dia de jogo.

Essas atitudes todas fazem a NFL ser a imensa marca que é hoje. O público deseja a marca, quer consumir esta marca e quer participar dela. Estes conceitos podem ser adaptados ao nosso futebol ou até mesmo as organizações pois em tempos de grande concorrência ter o público consumidor ao seu lado é bem mais vantagem.